Os quatro pilares da Educação
APRENDER A APRENDER
Aprender a conhecer – Compreender, conhecer, descobrir
Aprender a fazer - agir
Aprender a Conviver - participar, cooperar em atividades coletivas e humanitárias
Aprender a Ser - realização completa do homem
Algumas concepções de habilidades.
“As habilidades decorrem das competências adquiridas e referen-se ao plano imediato do ”saber fazer”. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-se, possibilitando nova reorganização das competências.” (ENEM)
“aptidão, destreza, disposição para alguma coisa.” (Saraiva)
“capacidade; saber fazer; qualidade daquele que é hábil” (Dicionário Aurélio)
“As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida. Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situações-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades.” (Vasco Moretto)
“um saber fazer, um conhecimento operacional, procedimental, uma sequência de modos operatórios, de analogias, de intuições, deduções, aplicações, transposições.” (Azevedo e Rowell, 2009)
“Uma habilidade não é algo em si, e sim o resultado da integração organizada de percepção, pensamento, corpo e escolha para obter um ou mais resultados. ... Uma habilidade bem aprendida é executada com elegância, fluência, rapidez e efetividade. Uma vez que dispomos de habilidades podemos aprender, criar, comunicar e relacionarmo-nos.(Percepções e estratégias para suas inteligências)
“Ao direcionar o foco do processo de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de habilidades e competências, devemos ressaltar que essas necessitam ser vistas, em si, como objetivos de ensino. Ou seja, é precido que a escola inclua entre as suas responsabilidades a de ensinar a comparar, classificar, analisar, discutir, descrever, opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos ,independentemente do que se esteja comparando, classificando ou assim por diante. Caso contrário, o foco tenderá a permanecer no conteúdo, e as competências e habilidades serão vistart de modo minimalista.”(Lenise A. M.Garcia)
“Operação cognitiva, ação mental (de percepção, memória, raciocínio)voluntária que pressupõe processamento, estruturação, ação pensada, por isso pode ser aprendida, desenvolvida, aperfeiçoada, automatizada.”(curso de coordenadores pedagógicos 2009)
“Operações metais e motoras que utilizamos para fazer algo e resolver situações problemas suprindo necessidades e que desenvolvemos através de treinamento, vivências, estimulação”. (curso de coordenadores pedagógicos 2009)
LISTA DE HABILIDADES (Celso Antunes)
EDUCAÇÃO INFANTIL | EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL (1ª a 4ª série) | EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL (5ª a 8ª série) | ENSINO MÉDIO | ENSINO SUPERIOR |
Observar | Seriar | Classificar | Especificar | Compreender e expressar |
Conhecer | Localizar no espaça | Enumerar | Reproduzir | Raciocinar logicamente e de maneira critica |
Compreender | Medir | Aplicar | Ajuizar | Compreender e repensar |
Comparar | Relatar | Demonstrar | Discriminar | Ser flexível e adaptar-se |
Separar e reunir | Combinar | Debater | Revisar | Decidir |
Consultar e conferir | Demonstrar | Deduzir | Pesquisar | Selecionar |
| Localizar no tempo | Analisar | Solucionar problemas complexos | Levantar hipóteses |
| Transferir e criar | Interpretar | | Planejar |
| | Provar | | Negociar |
| | Concluir | | Persuadir e argumentar |
| | Refletir | | Liderar |
| | Conceituar | | |
| | Criticar | | |
| | Sintetizar e resumir | | |
| | Interagir | | |
HABILIDADES MENTAIS
OBSERVAÇÃO: ato de procurar, notar, perceber, sentir;
COMPARAÇÃO: verificação de semelhanças e diferenças entre objetos, idéias ou processos;
CLASSIFICAÇÃO: ocorre quando se estabelece semelhanças entre objetos, idéias, fatos ou fenômenos; agrupar segundo algum critério;
ANÁLISE: desdobramento de uma comunicação em seus elementos ou partes constituintes, de modo a tomar clara a hierarquia das idéias;
IMAGINAÇÃO: organização mental do que não foi totalmente percebido;
INTERPRETAÇÃO: reordenação do fato apresentado, explicação ou sumarização de uma comunicação (texto e contexto), tendo como suporte as experiências do individuo;
SÍNTESE: forma condensada de apresentar o núcleo do trabalho; identificar os aspectos significativos sem prejuízos da compreensão do todo;
HIPÓTESE: explicação possível para determinado acontecimento;
CRÍTICA: significa julgamento; feita a partir do conhecimento;
DECISÃO: exige escolha entre alternativas, e deve ser feita não só a partir de leis, princípios, generalizações e regras, como também será influenciada pelos valores;
OBTENÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE DADOS: coleta e organização de informações (pesquisa);
COMPREENSÃO: se opõe à memorização; quem compreende se apropria e constrói o conhecimento, associando-o a outros que já possuía.
SERIAÇÃO: ordenar segundo certos critérios; envolve também a habilidade de comparar;
LOCALIZAÇÃO NO ESPAÇO: o uso correto de referências espaciais é essencial para que o aluno se familiarize com as noções de “esquerda/direita”, “na frente/atrás” em relação ao próprio corpo e depois possa estendê-las aos pontos cardeais e colaterais;
LOCALIZAÇÃO NO TEMPO: o tempo da criança não é o mesmo tempo do adulto, que já viveu “mais tempo” e vivenciou “outros tempos”;
RELATO: favorece a apropriação de descobertas e idéias, para si mesmo e para os outros;
CRIAÇÃO: novas idéias;
APLICAÇÃO: aplicar um conhecimento já obtido;
DEBATE: discutir, contestar, argumentar;
DEDUÇÃO: extrair conclusões a partir do exame dos fatos;
REFLEXÃO: meditar, refletir sobre algo;
INTERAÇÃO: agir de forma recíproca, mútua, agir com o outro;
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS: constitui excelente ferramenta para iniciar o aluno no processo de tomada de decisões e autonomia intelectual;
AS COMPETÊNCIAS DOS ALUNOS
CELSO ANTUNES
1. Dominar plenamente a leitura escrita, lidando com seus símbolos e signos e assim se beneficiar das oportunidades oferecidas pela educação ao longo de toda a vida.
2. Perceber as múltiplas linguagens utilizadas pela humanidade.
3. Perceber a matemática em suas relações com o mundo, “matematizar” suas relações com os saberes e resolver problemas.
4. Conhecer, compreender, interpretar, analisar, relacionar, comparar e sintetizar dados, fatos e situações do cotidiano e através dessa imersão adquirir não somente uma qualificação profissional, mas também competências que a tornem apta a enfrentar inúmeras situações.
5. Compreender as redes de relações sociais e atuar sobre as mesmas como cidadãos.
6. Valorizar o diálogo, a negociação e as relações interpessoais.
7. Descobrir o encanto e a beleza nas expressões culturais de sua gente e de seu entorno.
8. Saber localizar, acessar, contextualizar e usar melhor as informações disponíveis.
9. Saber selecionar e classificar as informações recebidas, perceber de maneira critica os diferentes meios de comunicação para melhor desenvolver sua personalidade e estar à altura de agir cada vez co maior capacidade de autonomia e discernimento.
10. Aprender o sentido da verdadeira cooperação desenvolvendo a compreensão do outro e descobrindo meios e processos para se trabalhar e respeitar os valores do pluralismo e da compreensão mutua.
BERNARDO TORO
1. Dominar a leitura, a escrita e as diversas linguagens utilizadas pelo homem.
2. Fazer cálculos e resolver problemas.
3. Analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos e situações.
4. Compreender seu entorno social e atuar sobre ele.
5. Receber criticamente os meios de comunicação.
6. Localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada.
7. Planejar, trabalhar e decidir em grupo.
TÂNIA AZEVEDO e VANIA ROWELL
1. Resolver problemas de forma viável e eficaz.
2. Utilizar adequadamente diversas linguagens humanas, sejam verbais (em nível oral e/ou escritos) sejam não-verbais.
3. Avaliar criticamente dados, situações e fenômenos.
4. Usar adequadamente a informação acumulada.
5. Atuar em grupo.
VASCO MORETTO a as diretrizes do MEC explicitam cinco competências:
1. Domínio de linguagens.
2. Compreensão de fenômenos.
3. Construção de argumentações.
4. Soluções de problemas.
5. Elaboração de propostas.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES – SUBSÍDIOS
(Profª. Dr. Tânia Maris de Azevedo e profª. Ms. Vania Morales Rowell, 2009)
Ciclo da resolução de problemas (Sternberg, 2000)
C oncepções de c ompetência
“A competência não se limita ao conhecer, mas vai além, porque envolve o agir numa situação
determinada. O agir competente inclui decidir e agir em situações imprevistas, mobilizar conhecimentos,
informações e hábitos, para aplicá-los, com capacidade de julgamento, em situações reais e concretas...”
(Conselho Nacional de Educação, Parecer nº16/99, PCNb, 1999, p.32)
Competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que
utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que
desejamos conhecer. (ENEM)
“competência é a capacidade de mobilizar diversos recursos cognitivos para enfrentar um tipo de
situação” (Perrenoud, 2000, p. 15)
“as competências não são elas mesmas saberes, savoir-faire ou atitudes, mas mobilizam, integram e
orquestram tais recursos” (Perrenoud, 2000, p. 15)
“essa mobilização só é pertinente em situação, sendo cada situação singular, mesmo que se possa tratála
em analogia com outras, já encontradas” (Perrenoud, 2000, p. 15)
“o exercício da competência passa por operações mentais complexas, subentendidas por esquemas de
pensamento, que permitem determinar (mais ou menos consciente e rapidamente) e realizar (de modo
mais ou menos eficaz) uma ação relativamente adaptada à situação” (Perrenoud, 2000, p. 15)
“A competência implica uma mobilização dos conhecimentos e esquemas que se possui para desenvolver
respostas inéditas, criativas, eficazes para problemas novos.” (Lenise A. M. Garcia)
“A competência é uma construção mental e não a mera resolução de tarefas. Quem sabe fazer deve saber
porque está fazendo desta maneira e não de outra.” (Lenise A. M. Garcia)
Littera – Consultoria em Linguística Aplicada Ltda. – litteracons@yahoo.com.br 1
“Para desenvolver competências é preciso, antes de tudo, trabalhar por resolução de problemas [...],
propor tarefas complexas e desafios que incitem os alunos a mobilizar seus conhecimentos, habilidades e
valores.” (Lenise A. M. Garcia)
“as competências são um conjunto de habilidades harmonicamente desenvolvidas [...]. As habilidades
devem ser desenvolvidas na busca das competências.” (Vasco Moretto, 2007)
"as competências não eliminam os conteúdos, pois que não é possível desenvolvê-las no vazio. Elas
apenas norteiam a seleção dos conteúdos, para que o professor tenha presente que o que importa na
educação básica não é a quantidade de informações, mas a capacidade de lidar com elas, através de
processos que impliquem sua apropriação e comunicação, e, principalmente, sua produção ou
reconstrução, a fim de que sejam transpostas a situações novas." (PCN – Ensino Médio)
“O conceito de competência [...] envolve muito mais que acumular conhecimento, desenvolver habilidades
e introjetar valores. O sentido é muito importante: não é uma soma de valores, de conhecimentos, de
habilidades. É a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação esses componentes, para um
desempenho eficiente e eficaz. Então, valores, conhecimentos e habilidades são componentes que, por si
só, não são a competência.” (Bahij Amin Aur - Conselho Estadual de Educação de SP)
“Ser competente supone muchos complementos circunstanciales: para qué, en qué lugar, en qué tiempo,
de qué modo, con qué recursos, etc., y esas circunstancias deben estar presentes durante la enseñanza y
la evaluación. Dicho de otro modo, pensamos que desde la educación formal podemos sobre todo
enseñar habilidades y estrategias que el estudiante, cuando se enfrente a un problema auténtico, podrá
coordinar en una competencia; sin embargo, esa competencia se consolidará en su contexto de uso, por
lo que la formación permanente deberá tener un papel crucial.” (Monereo e Pozo)
“capacidade, desenvolvida pelo sujeito conhecedor, de mobilizar, articular e aplicar intencionalmente
conhecimentos (sensoriais, conceituais), habilidades, atitudes e valores na solução pertinente, viável e
eficaz de situações que se configurem problemas para ele.” (Azevedo e Rowell, 2009)
Concepções de habilidade
“consiste em saber como; é difícil de verbalizar; adquire-se gradualmente e por prática (aquisição por
descobrimento)”. (Pozo, 1998)
"As habilidades estão associadas ao saber fazer: ação física ou mental que indica a capacidade adquirida.
Assim, identificar variáveis, compreender fenômenos, relacionar informações, analisar situaçõesproblema,
sintetizar, julgar, correlacionar e manipular são exemplos de habilidades.” (Vasco Moretto,
2002)
“As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do “saber fazer”.
Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-se, possibilitando nova
reorganização das competências.” (ENEM)
“um saber fazer, um conhecimento operacional, procedimental, uma sequência de modos operatórios, de
analogias, de intuições, induções, deduções, aplicações, transposições.” (Azevedo e Rowell, 2009)
Relação competência/habilidade
“A competência implica uma certa concorrência entre diferentes elementos presentes em uma situaçãoproblema
e pode manifestar-se por intermédio da aptidão para resolvê-la, ou seja, de habilidades que
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expressam a capacidade que o indivíduo possui para encontrar uma solução para a questão que se
apresenta a ele.” (Cristina D. Alessandrini)
“as habilidades são consideradas como algo menos amplo do que as competências. Assim, a
competência estaria constituída por várias habilidades. Entretanto, uma habilidade não ‘pertence’ a
determinada competência, uma vez que uma mesma habilidade pode contribuir para competências
diferentes.” (Lenise A. M. Garcia)
“Ao direcionar o foco do processo de ensino e aprendizagem para o desenvolvimento de habilidades e
competências, devemos ressaltar que essas necessitam ser vistas, em si, como objetivos de ensino. Ou
seja, é preciso que a escola inclua entre as suas responsabilidades a de ensinar a comparar, classificar,
analisar, discutir, descrever, opinar, julgar, fazer generalizações, analogias, diagnósticos, independentemente
do que se esteja comparando, classificando ou assim por diante. Caso contrário, o foco tenderá a
permanecer no conteúdo, e as competências e habilidades serão vistas de modo minimalista.” (Lenise A.
M. Garcia)
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. 2 ed., São Paulo: Mestre Jou, 1982.
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